Água no deserto parece milagre. Mas não é. É engenharia.
Em pleno século XXI, quando as mudanças climáticas colocam em xeque a segurança hídrica do planeta, a busca por soluções inovadoras para garantir o acesso à água potável tornou-se uma prioridade global. A engenharia, mais do que nunca, está na linha de frente dessa missão.
Seja em desertos escaldantes, em regiões semiáridas ou até mesmo em grandes centros urbanos onde o abastecimento é desigual, a ciência aplicada à infraestrutura tem se mostrado capaz de transformar realidades extremas. Mas como isso acontece na prática?
Quando falta água, sobra inovação
Desertos são, por definição, regiões áridas, com baixíssima incidência de chuva e alta evaporação. Ainda assim, países como Israel e os Emirados Árabes Unidos se tornaram referências em soluções hídricas. Não por acaso. Ao investir massivamente em pesquisa, tecnologia e infraestrutura, essas nações encontraram formas de driblar o óbvio e abastecer suas populações com água de qualidade.
Uma das estratégias mais utilizadas é a dessalinização da água do mar, processo que remove o sal e outros minerais da água salgada para torná-la potável. Embora energeticamente exigente, a técnica se tornou viável graças ao avanço das membranas de osmose reversa e ao uso de energias renováveis no processo.
Outra tecnologia que ganhou força é a captura de umidade do ar, por meio de dispositivos capazes de condensar o vapor presente na atmosfera e transformá-lo em água líquida. Essa técnica, antes experimental, hoje abastece vilarejos inteiros em regiões isoladas da África e do Oriente Médio.
Além disso, há sistemas que apostam no reaproveitamento e reuso da água, seja da chuva, da umidade do solo ou da água cinza (proveniente de pias e chuveiros). Tudo isso coordenado por sistemas inteligentes de monitoramento e distribuição, que garantem o uso racional de cada gota.
O que isso tem a ver com o Brasil?
A pergunta certa seria: como essas soluções podem beneficiar o Brasil?
Nosso país tem uma das maiores reservas de água doce do mundo, mas essa abundância é extremamente mal distribuída. Enquanto a região Norte concentra a maior parte dos recursos hídricos, outras áreas, como o semiárido nordestino e comunidades periféricas nas grandes cidades, convivem com a escassez, o desperdício e a contaminação da água.
A estiagem prolongada no sertão, por exemplo, é um fenômeno recorrente que compromete a qualidade de vida de milhões de brasileiros. Já nas periferias urbanas, a precariedade da infraestrutura provoca perdas de água tratada, vazamentos, contaminações cruzadas e períodos frequentes de desabastecimento.
Nesse cenário, a engenharia tem papel fundamental na criação e aplicação de soluções que garantam acesso justo, eficiente e sustentável à água potável.
Engenharia que transforma
Tecnologias como cisternas de captação de água da chuva, sistemas de reuso doméstico, estações compactas de tratamento e projetos de saneamento descentralizado têm sido cada vez mais adotadas em regiões vulneráveis no Brasil.
Além disso, o mapeamento hídrico com sensoriamento remoto, a automação de sistemas de irrigação e a monitoria de perdas em redes de distribuição são recursos que já fazem parte do dia a dia de cidades que buscam mais eficiência no uso dos seus recursos naturais.
Essas inovações não apenas garantem água de qualidade para quem precisa, elas também reduzem custos operacionais, minimizam o impacto ambiental e promovem inclusão social.
Aqui Bonin, entendemos que a engenharia vai além de grandes obras. Ela está presente nas pequenas transformações que fazem diferença na vida das pessoas.
Todos os nossos projetos, pensamos com foco na sustentabilidade, na resiliência urbana e na melhoria da qualidade de vida das comunidades. Trabalhamos com soluções customizadas de infraestrutura hídrica, saneamento e urbanização, sempre alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Acreditamos que o acesso à água potável não deve ser um privilégio, mas um direito universal. E é com esse compromisso que seguimos atuando: levando tecnologia, conhecimento e engenharia de qualidade aonde for preciso.
Porque água potável no deserto, no sertão ou na periferia não é milagre.
É projeto. É engenharia.